1 - O Senhor Deus me disse:

2 - - Preste atenção nas palavras desta aliança. Diga ao povo de Judá e aos moradores de Jerusalém

3 - que eu, o Senhor, o Deus de Israel, amaldiçoarei toda pessoa que não obedecer às palavras desta aliança.

4 - Esta é a mesma aliança que fiz com os antepassados deles, quando os tirei do Egito, a terra que era para eles como uma fornalha acesa. Eu disse a eles o seguinte: ´Se me obedecerem e fizerem tudo o que eu mandar, vocês serão o meu povo, e eu serei o Deus de vocês.

5 - Assim cumprirei a promessa que fiz aos seus antepassados, a promessa de lhes dar a terra boa e rica que agora é de vocês.` Eu disse: - É verdade, ó Senhor.

6 - Então Deus continuou: - Vá até as cidades de Judá e pelas ruas de Jerusalém e anuncie ali esta minha mensagem. Diga aos israelitas que escutem as palavras da aliança e que as cumpram.

7 - Quando tirei os antepassados deles do Egito, eu os avisei solenemente que obedecessem às minhas palavras e tenho continuado a avisar o povo até hoje.

8 - Mas eles não ouviram, nem obedeceram. Pelo contrário, cada um continuou a ser teimoso e mau como sempre. Eu havia mandado que fossem fiéis à aliança, mas eles não quiseram obedecer. Por isso, eu os castiguei com todos os castigos que estão escritos na aliança.

9 - O Senhor Deus ainda me disse o seguinte: - O povo de Judá e os moradores de Jerusalém estão se revoltando contra mim.

10 - Voltaram a cometer os mesmos pecados dos seus antepassados, que não quiseram fazer o que eu havia mandado, e andaram adorando outros deuses. O povo de Israel e o povo de Judá quebraram a aliança que eu fiz com os seus antepassados.

11 - Por isso, eu, o Senhor, aviso que vou fazer cair uma desgraça sobre eles, e eles não escaparão. E, quando gritarem pedindo socorro, eu não escutarei.

12 - Aí o povo de Judá e os moradores de Jerusalém vão pedir socorro aos deuses a quem vivem oferecendo sacrifícios. Mas, quando a desgraça chegar, esses deuses não poderão salvá-los.

13 - O povo de Judá tem tantos deuses quantas são as suas cidades; e, para oferecerem os vergonhosos sacrifícios ao deus Baal, os moradores de Jerusalém levantaram tantos altares quantas são as ruas da cidade.

14 - Jeremias, não ore a mim por este povo, nem me peça nada em favor dele. Quando eles estiverem em dificuldades e me pedirem socorro, eu não ouvirei.

15 - O Senhor disse também: - O povo que eu amo está praticando o mal. Que direito eles têm de vir ao meu Templo? Será que estão pensando que podem afastar a desgraça, fazendo promessas e oferecendo sacrifícios de animais? E será que então vão ficar contentes?

16 - Uma vez, eu os chamei de oliveira verde, carregada de belas azeitonas. Mas, agora, com um estrondo de trovão, vou pôr fogo nas suas folhas e quebrar os seus ramos.

17 - - Eu, o Senhor Todo-Poderoso, plantei Israel e Judá; mas, agora, eu os estou ameaçando com um desastre. Eles mesmos fizeram cair sobre si esse desastre porque fizeram o mal e me provocaram oferecendo sacrifícios a Baal.

18 - O Senhor Deus me contou as maldades que os meus inimigos estavam planejando contra mim.

19 - Eu era como um cordeiro manso que é levado para ser morto. Não sabia que era contra mim que eles estavam planejando maldades. Eles diziam o seguinte: - Vamos derrubar a árvore enquanto ainda está forte. Vamos matar Jeremias para que nunca mais ninguém lembre dele.

20 - Então eu orei assim: - Ó Senhor Todo-Poderoso, tu és um juiz justo. Tu examinas os nossos pensamentos e os nossos sentimentos. Deixa que eu veja a tua vingança contra eles, pois coloquei a minha causa nas tuas mãos.

21 - Os homens de Anatote queriam me ver morto. Disseram que, se continuasse a pregar em nome de Deus, eles me matariam.

22 - Então o Senhor Todo-Poderoso disse a respeito deles: - Eu os castigarei. Os seus moços serão mortos na guerra, e os seus filhos e filhas morrerão de fome.

23 - Não sobrará nenhum deles quando chegar a desgraça que eu vou mandar cair sobre o povo de Anatote.